As vezes por mais que tenha sorte na vida, muita coisas giram em função das suas escolhas .
Mesmo tendo sorte mediante as oportunidades, a forma como reagi aos diversos momentos da vida, me preparou melhor para a fase de hoje .
Quando tive dificuldade de me posicionar no mercado de trabalho na fase adulta, comecei a me sentir tranquilo por ter tentado desde a juventude um ofício que me identificasse.
Sabia que se tivesse oportunidade me esforçando no compromisso, teria um bom resultado na experiência.
Mas depois de uma carreira contundente no judô ,pelo menos para mim,não engrenei como “sensei” nem com crianças ou adultos, fato que me sinalizou que não era a direção.
Nos estágios da faculdade, no Banco do Brasil ou no ECAD ,por mais que fossem importantes não consegui seguir a diante.No Escritório de direitos autorais ,por ser um trabalho que não me sentia à vontade e no banco que apesar da dedicação que tive no compromisso ,sequer conclui os meses que ficaria no cargo de estagiário, indicava que não não era por ali.
Já na moda mesmo com as limitações de altura e timidez, causei uma ótima impressão em todos que conviveram comigo na época. Sempre era destaque nos trabalhos apesar da baixa estatura, e quando exigia habilidades conseguia me sobressair e surpreender as expectativas , graças a veia esportiva .Nos trabalhos a referência que servia de espelho , quase sempre trazia novas opções que ficavam melhores que a idéia proposta.
Como modelo fotográfico comercial , pude deixar a minha marca sendo lembrado até hoje. Além do apelido que ganhei posteriormente a fase áurea, as diversas homenagens entre elas na Casa Cor ÉS, Evento de arquitetura e design , foi inesquecível e imaginável em toda a vida. Ter um quarto decorado à poucos meses do auge e consequentemente do acidente, marcou demais a minha vida.
Ver o skate e fotos desse na época que estava nos grandes centros, foi mais que um sonho, por ter 38 anos e jamais imaginar passar por essa situação.
Essa homenagem que sempre me soou como póstuma ,à poucos meses de um período crítico vivido no começo do ano,me colocou num nível de satisfação pessoal que nunca sonhei.
Quando comecei a trabalhar na área tinha, a consciência de fazendo alguns registros na moda já estaria bom demais. Mas a proporção que tomou essa caminhada me vendo nas fotografias ,criou uma sequência de trabalhos que estendeu por mais de uma década No “ÉS”, fechando o último ano com fotografias que representavam a evolução na profissão. Mas o destino teria reservado a melhor fase da vida longe de casa, fazendo valer o momento afastado da família ,com um. fluxo de compromissos que. Me surpreendia.
Era figura certa na mídia nacional periodicamente ,participando das grandes campanhas da época.Me imaginando nos outdoors nos melhores pontos da cidade , tive o privilégio de viver ainda mais inusitados momentos. Como num passeio com um grande jogador de futebol da Suécia, surpreso visualizando meu trabalho numa das ruas principais de São Paulo.
Encontrando por acaso na Lincon Road em Miami ,chegando ir ao “Mac Donalds “com ele ,foi um desabafo do amigo de Milão que me apresentou anos atrás, confessando que nunca tinha vivido tal momento, fato revelado num encontro entre amigos.
Também de forma descontraída o mesmo protagonizou uma cena na cidade de Santos , num amistoso da seleção.
Ao me avistar na rua com o ônibus da seleção brasileira que tinha vários excelentes jogadores ao redor , justificou minha conduta de prestigiar as pessoas. Na Copa do mundo no Brasil, como todas as vezes que o time do Brasil estava na cidade , era presença certa principalmente porque somente eu estava por perto . Por novamente ter um anúncio na mídia do aeroporto , fez uma festa no ônibus da seleção brasileira que passava pela rua ao me ver do lado de fora.
Já a carreira internacional teve destaque por conseguir atuar em mercados que não eram fáceis, apesar da veia comercial. A melhor oportunidade internacional que vivi foi no Estados Unidos onde participei da uma campanha para de combate ao fumo na Flórida que passou na final do Superbow( futebol americano).
Essa dificuldade em ingressar no trabalho começou a fortalecer a ideia de registrar minhas histórias neste livro, reforçado pelas palestras que evoluem acaba exibição, mostrando a forma diferenciada que a direção que minha vida tomou. Sempre tive a convicção de não ser uma pessoa comum , por tentar conseguir um caminho comum da maioria ,mas as dificuldades para me estabilizar indicava que essa não era a direção.
Hoje com 43 anos, a cada momento sinto mais próximo do meu objetivo que é incentivar as pessoas a não desistir das suas vontades, mesmo que isso custe tempo e destoe do restante .