Melhor Dia Sempre

Melhor

Não tem como esse texto deixar de ser influenciado pelo momento de pandemia que assolou o mundo, depois de mais de 100 anos que acontece a última crise na saúde.

Principalmente por viver um momento totalmente antagônico ao mundo que vivemos atualmente, encaro esse período com imensa satisfação, quitando anos de ausência junto da família. Como se tivesse um papel importante com características que fortaleciam bem para todos .

Apesar dos 5 anos de recuperação para a retomada da vida afetada pelo acidente automobilístico, atualmente consigo viver inerte a todas dificuldades geradas pelo problema crítico que vivemos.

Como me adaptei ao traumatismo craniano grave, sigo evoluindo como se nada tivesse acontecido.

Para mim foi “a fome com a vontade de comer“, me obrigando a ficar em casa e seguindo os protocolos de confinamento. Confesso que nunca tive um tempo tão presente com a minha família, participando de mais momentos que a vida toda.

Desde ver filme juntos, almoçar, ir a roça ( que odiava por estar com 18 anos e viver na rua, são alguns dos programas que não tinha vontade à 30 anos.

Jovem , judoca e cheio de compromissos do tipo ir estar na escola , bastava acordar de manhã e já sair de casa para a praia , rua ou casa de alguém.
Mas o esporte era o motivo principal da ausência em casa , seja no Judô, jiu-jítsu,vôlei, futevôlei e os furingos em qualquer terreno.

Essa variedade de esportes sem dúvida me qualificou nos diversos esportes que pratiquei e como não tinha estatura que favorecesse em alguns deles , o esforço era minha arma para ficar homogêneo no grupo.

Acho que esse convívio com as dificuldades foi me forjando na variedade dos esportes, sempre buscando um jogo mais puxado.

No volei mesmo que tinha uma limitação pela idade avançada e a altura, foi um esporte que tive que substituir mesmo sendo destaque na fase juvenil.

Com isso o futevôlei foi a prática que combinou as habilidades no esporte com a bola , com a dinâmica muito parecida com o vôlei.

Tanto que rapidamente conquistei o título estadual com pouco mais de um ano de prática.

Era uma vontade em ter um contexto com o mundo da bola ,já que é uma ramificação natural dos praticantes do futebol ter um grande domínio com a bola.

Mas sabia que não tinha habilidade com desempenho razoável ,mesmo jogando bastante.

Parecia que não tinha jeito e mesmo treinando bastante, via sempre uma limitação me desanimando por não ver uma evolução aparente.
Foi quando a versatilidade do vôlei e a explosão do judô, deixou a limitação com a bola não incomodar, na foi à toa que quando ouve uma homenagem para mim no esporte, fizeram um torneio onde meu pé era a foto da camisa.

Mas como tinha uma saturação de competição no judô, praticava o futevôlei como hobby, jogando em qualquer roda ou rede de amigos só para descontrair. Quando ele ganhou projeção no mundo já tinha anos de prática , favorecendo a interação nos diversos lugares que vivi.
Começando com o Rio de Janeiro, depois São Paulo nos quatro cantos da cidade, e futuramente outros países com destaque para USA, Espanha, Itália como principais lugares, que joguei em toda temporada, inclusive quando o clima frio atrapalhava já que a bola no frio ficava difícil de jogar.

O coro deixava o troque na bola muito dolorido , causando incômodos em pouco tempo.

Em Nova Yorque e Miami que tinha épocas geladas deixava o jogo bastante dolorido, mas bastava uma partida para valer a pena a armação da quadra.