…dia tive mais um indício que era um cara que não era parecido com os demais, principalmente por ter certeza que não poderia me amarrar cedo a uma cidade de cultura provinciana com a imensidão do mundo que precisava conhecer. Como minha vontade era descobrir que outro caminho minha vida poderia me proporcionar, na primeira oportunidade me joguei sem rumo para ver que destino se desenharia.

Sabia que a experiência nos esportes serviu para dar coragem que as coisas poderiam ser melhores mesmo com as limitações que dificultavam a sua evolução . Depois do título improvável em 2000 nada mais seria impossível pelo exemplo do desafio conquistado, tanto que olhava para a medalha que ficava a menos de 10 centímetros da cama sentindo orgulho do feito para o resto da vida. Sair literalmente “no pau “igual com o vice campeão do torneio individual com o carioca teve um sentimento muito maior que o confronto em si. Sabia pelo menos para mim que tinha alcançado o auge naquele dia e não adiantava treinar mais porque dificilmente viveria um dia no esporte como aquele. Dito e feito , por mais que tenha desenvolvido uma qualidade no futevôlei, estava lidando com um esporte centenário e mundialmente conhecido, logo tal feito jamais seria igualado. Tanto que após a conquista no ano seguinte finalizei o ritmo de treinos no esporte voltando aos tatames pouquíssimas vezes em quase 20 anos.
Hoje depois de tanto tempo fico orgulhoso por seguir esse pensamento não perdendo tempo em nada que não tivesse um significado especial para mim.
Tanto que sou mais respeitado que imaginei por nunca se sentir o lutador de categoria na modalidade.

Projetando para outros casos ficava o sentimento que as coisas mudam e a sensação da conquista do novo panorama não tem preço.