Melhor Dia Sempre

Vida extraordinária

Sempre soube que não nasci para ser mais um. Na verdade quando pequeno já destoava dos demais, seja no colo da mãe ou no colégio, apesar de não ter essa mesma notoriedade nos esportes.
Por ter esse” DNA” fui descobrindo aos poucos meu caminho, mas sabia que minha vida não seria parecida com a maioria.

Tive dificuldade nos estudos e nos esportes , mas minha família não deixou desistir, independente da dificuldade do desafio. Muitos deles tive a percepção dos meus limites, eliminando a perda de tempo com esforços desnecessários. Quando sentia que não renderia muito mais tive sinais para sair fora. Muito do êxito em tudo foi seguir meus instintos, com a certeza que estava em momentos inusitados.

No judo pegava 2 ônibus com 11 anos de idade para treinar o esporte em outra cidade, consciente que estava na melhor academia possível para treinar. Depois de 5 anos os títulos apareceram , principalmente com a agilidade que facilitou a locomoção, já que mais de 1 hora de transporte comprometia meu rendimento na aula.

Na faculdade estava no dilema pois não havia ainda um profissão que tivesse afinidade e mesmo havendo ligação com os esportes, não queria viver disso. Com a evolução nos trabalhos de modelo, após a faculdade tinha certeza que estava fazendo o que gostava, viajando , e ganhando dinheiro para fazer o que tinha satisfação em desempenhar.

Quando resolvi voltar para casa no ES , tinha certeza que o ciclo nessa profissão estava no final , com todos as metas alcançadas com louvor, retornava meio confuso mas com algo me direcionando para a família. Já era um modelo internacional de respeito por todos lugares que passei, com a diferença que tinha necessidade de sobreviver de outra forma. Por mais que estivesse bem na nova ocupação não era feliz , por não era nada um desejo estar por ali.

De volta no “027”, um acidente automobilístico sinalizou que minha trajetória seria por ali , já que voltava em grande forma e preparado para novos desafios. Se não tivesse passado por isso , entraria de novo em uma nova aventura que dificilmente seria tão feliz como vivo hoje.

Esse “sinal “ que tive na vida não me cansa de revelar que me encontro no melhor lugar possível para estar, realizado com o projeto dos 46 anos , sem me comparar a ninguém que esteja em um estágio na vida longe do meu.