Sempre “torrei” como se não houvesse amanhã. Digo isso ligado ao dinheiro, já que não foi um bem escasso na minha vida. Houveram momentos que a falta se deu por vários motivos, nunca por falta de preguiça.
Quando criança não tinha muitas dificuldades , já que no esporte conseguia premiação e até patrocínio da prefeitura de outra cidade que “salvou” na época que vivia fora de casa no final da adolescência.
Na faculdade dava aula de judô e jiu-jítsu , complementando com o intercâmbio , amortizado pelos anos de desconto nos estudos , sem contar que a UVV era perto de casa facilitando o translado para lá.
Depois de formado logo logo vivia no auge da profissão em 2003, com independência financeira, apesar da imaturidade com os gastos. Cheguei a deixar o carro na garagem do” flat” voltando 6 meses depois, devido a estabilidade vivida e a inconsequência no futuro.
Hoje vejo como é difícil trabalhar, principalmente devido a pandemia que mudou as relações no trabalho.
A vantagem que hoje não há nada muito necessário para mim , já que tive uma vida muito farta de qualidade , graças a estabilidade financeira para minha família , que faz um tempo é minha única prioridade. De repente essa causa nobre me elimina qualquer dificuldade e aproxima tanta estabilidade para seguir sem um trabalho regular.
Tenho a impressão que por ser muito “mão aberta “ não seria justo faltar na hora mais importante vivendo em casa. Além de todo conforto me sinto útil em vários momentos , inclusive esse.