Depois de 9 anos de evolução em várias áreas, vejo que estou bem diferente. Não é só no alívio das sequelas, que ficarão para sempre, mas a percepção do ajuste para uma vida ideal está cada vez mais próximo de mim. Ser grato por acordar todo com a família presente , além da saúde e integridade física, já seria privilegiado, mas partindo desse ponto ter vários outros pontos para agradecer me coloca em estado de graça a todo momento.Como se tivesse uma rotina remunerada , tendo uma vida perfeita como pano de fundo.

Um ritual diário, somado a uma dinâmica enriquecedora fora de casa , me coloca igualmente realizado, vendo exemplos que a sociedade eleva ao. padrão ideal. Como fui operário-padrão até os 38 anos, achei que era o único exemplo a viver, mas esqueci que nunca fui parecido com ninguém. Logo , seria necessário que aceitar o privilégio de aproveitar a vida adaptação obrigações, sem me culpar por caminhos diferentes.
No primeiro momento voltar para casa já me incomodava, quando vi que no primeiro ano estava dependente deles, me sentindo um fardo que voltaria a pesar em casa.Mas os anos foram passando, os afazeres surgindo e a dinâmica me colocou exatamente no melhor lugar do mundo para estar.
Sou peça importante na família ,sentimento que nunca senti, de repente por ser jovem e imaturo, apesar de chamar a atenção e não viver “pesando”desde cedo. Mas a necessidade de encontrar uma posição que favoreça e me engajamento , era um sentimento que não tinha.

Ainda bem que minha vida deu seguimento com tranquilidade depois do acidente, pois se eu fico me questionando por não ter uma vida regular, imagina se desse trabalho para os outros.