Essa pandemia não foi traumatizante para mim e sim inesquecível. Além de estar em casa 4 meses com minha família, intensificar meus trabalhos na xácara , participei de 2 “lives” que me fizeram refletir do caminho traçado até aqui e divulgar momentos que ninguém sabia.
Depois da “Live” da minha superação onde pude relatar minha trajetória nos 43 anos, com destaque para a moda e na superação , agora tive o convite para uma “Live“ sobre o judô, tão questionado por mim.
Só de ser lembrado pelo atleta de destaque que fui no estado durante muito tempo, já fico feliz por ter deixado uma marca.
Não é diminuindo meu desempenho nesses anos,mas como era contestado ( por muitos e por mim no começo), achei que poderia passar batido .
Por ter vivido isso faz 30 anos e não ter muitos registros que foram à tona , nos meses anteriores a pandemia estava animado com a prática a cada mês.
Esse reencontro de ex -atletas do clube que foi destaque por décadas, me conectou com a “arte suave “ , cujo essa reaproximação só elevou a minha auto-estima.
Apesar de ter várias limitações e não ter a desenvoltura de outrora, a percepção dos atletas me colocando sempre em evidência, será guardado para sempre na memória.
Como houve uma repercussão muito grande do meu caso , e consigo me movimentar no tatame sem problemas, trouxe uma surpresa dos atletas, surpresos com minha evolução.
Os recursos necessários no combate que sobraram após o acidente, fossem tudo que precisava para fazer frente nos combates.
A impressão é que sou normal perante todos,somente sendo diferenciado pela traqueostomia.
É claro que a tontura a movimentação dificultada, são características que qualquer possa apresentar, mas passa despercebido para qualquer que acompanhe os treinos.
Sem contar a parte de solo que prático com a mesma desenvoltura de antes, só limitando nos treinos em pé.
Sem dúvida uma das maiores lembranças que tenho antes da pandemia , são dos treinos onde ficava em evidência , fato que nunca aconteceu no passado.
Até tinha um bom currículo esportivo , mas por ter vários no mesmo nível e até maior, ficava apenas homogêneo em relação ao treino.Sem contar o poder de fogo no ataque bem limitado, só fazendo frente nas competições com o regulamento na mão.
Não fazia questão de dar show ou ganhar bonito, apenas a vitória interessava, se escondendo das lutas para evitar imprevistos.
Mas como ganhei notoriedade com o acidente grave , esse esporte que ganha mais adeptos a cada dia, me colocou em evidência , despertando a curiosidade no combate.