2022 será um divisor de águas como foi em 1999 , 2002 ou em 2015. Todos esses anos foram marcantes mas tiveram uma cisão que dividiram em épocas distintas.
Em 1998 com o ombro já lesionado abandonei o brasileiro em uma luta 0x0, com um adversário que já havia vencido por conta do deslocamento do braço, adicionando um fato curioso que nesse mesmo evento em Brasília, um sorteio de um quimono cedido pela organização tive a sorte de ser premiado com um judogui , e o técnico revelar no sorteio que a vestimenta tinha saído para o melhor atleta da equipe. Eu nunca fui o melhor de nada, mas como venci algumas lutas duras antes do abandono deixei minha marca na competição registrando na memória isso .Não foi o melhor resultado no judô mas entre os atletas da equipe mostrei maior nível técnico, a ponto do chefe da delegação fazer questão de salientar o desempenho na disputa.

Em 2002 formado e desempregado sai de casa para uma viagem de réveillon que mudaria a minha vida para sempre. Além da vontade de testar meus limites na busca do destino, era momento de revelar o que estaria me aguardando fora do ambiente famíliar , por mais que tivesse qualidade de vida havia a necessidade de desbravar novas realidades imaginando que o melhor está por vir para quem acredita em dias ainda melhores.Tinha a impressão de não ser parecido com a maioria e expandindo meus horizontes com o tempo, isso seria percebido como em tudo que me dediquei na vida.
Já em 2015 após o acidente, com 38 anos e trajetória na moda consumada ,na primeira aparição pública um conhecido disse que viveria os melhores momentos da vida. Para mim soou muito fora de contexto por sentir muita dores e nem falar direito na época , mas a cada dia tudo se encaixa com o que foi dito . Essa lesão de agora mostra uma nova realidade que será instaurada, definindo o ano atual como o melhor da vida. Agora é ter fé que esse momento adversidade vai passar e daí por diante uma nova vida será reiniciada, com novos eventos surgindo para dar início a essa trajetória de superação.