Desde que escolhi baixar a bola e curtir com a família nunca mais fui o mesmo. Nós também interagimos muito já que a sintonia é cada vez maior se encaixando nos horários de cada um. Como escolhi não andar de carro desde 2015 não me complico no trânsito . além de não gastar dinheiro também, com as contas no azul como poucas vezes tive na vida. Quando ganhava bem já arrumava uma viagem ou um bem para comprar, chegando a morar em um “flat” e deixar o carro na garagem por vários meses e viajando para Europa. Tinha também outras situações que morava em um aluguel caro , pagando adiantado com café da manhã incluso e fortalecendo vários amigos que vinham me visitar. Foi uma época que marcou pela qualidade típica do mundo da moda, deixando uma impressão que a conta bancária não tinha fundo. Essa fase por ser muito bem aproveitada não gerou saudades por melhor que tenham sido os tempos. Se tivesse só ouvido falar poderia soar que essa vida não tivesse esse glamour todo, mas com um cotidiano como desse, só mesmo ao lado da família é que se compara o período inesquecível.
Melhor é que volta e meia respinga acontecimentos e encontros para relembrar dias que não voltam mais. Pior que ter saudades do que nem ter vivido dias assim para conectar com pessoas que marcaram nossas vidas. Muita viviam realidades totalmente diferentes da minha, por mais que tivesse bem localizado não era um lugar amistoso com cultura ,bem diferente da nossa. Fui muito acertivo a escolha porque se tivesse optado por Nova Yorque seria impossível registrar uma viagem tão boa como essa. Mesmo que trabalhasse por lá o clima da cidade lembrava o Brasil, além da maioria dos amigos serem brasileiros acostumados com o dia -dia , dando todas as diretrizes para entrar no ritmo da cidade. Miami era uma cidade que lembrava muito o Rio de Janeiro , mas algo me dizia que não me fixaria por lá.
No Rio de Janeiro era só pegar um ônibus e voltar para casa, sem contar a proximidade com São Paulo, Muito do meu êxito na carreira foi em detrimento das escolhas que fiz nessa época e por mais que tivesse o monte de países essa proporção não estava disponível para mim.Tudo bem que fui primeiro para Europa ,mas precisei constatar que não teria condições de me estabelecer por lá, optando por outra alternativa para viver desencantado com lugares que poderia trabalhar.
Eu quando morava em South Beach vivia vida de modelo internacional, com tempo livre para aproveitar a viagem mesmo que estivesse à trabalho. Considerando que era um sonho estar nos EUA, pela dificuldade de desbravar novos mercados sem uma segurança típica da profissão, a distância de casa obrigava a resolver qualquer problema que surgisse na época da minha maneira.